Eis as primeiras palavras do novo Papa Bento XVI, que Deus escolheu para colocar à frente da Sua Igreja:
«Caríssimos irmãos e irmãs, depois do grande Papa João Paulo II, os senhores cardeais elegeram-me, um simples e humilde trabalhador na vinha do Senhor. Consola-me o facto que o Senhor sabe trabalhar e agir também com instrumentos insuficientes e sobretudo confio-me às vossas orações.
Na alegria do Senhor ressuscitado, confiantes no seu permantes auxilio, vamos adiante. O Senhor ajudar-nos-á e Maria sua Santíssima Mãe estará do nosso lado. Obrigado»
«Fica connosco, Senhor, pois a noite vai caindo» (cf. Lc 24,29). Foi este o instante convite que os dois discípulos, directos a Emaús na tarde do próprio dia da ressurreição, dirigiram ao Viajante que se lhes tinha juntado no caminho. Carregados de tristes pensamentos, não imaginavam que aquele desconhecido fosse precisamente o seu Mestre, já ressuscitado. Mas sentiam «arder» o seu íntimo (cf. Lc 24,32), quando Ele lhes falava, «explicando» as Escrituras. A luz da Palavra ia dissipando a dureza do seu coração e «abria-lhes os olhos» (cf. Lc 24, 31). Por entre as sombras do dia que findava e a obscuridade que pairava na alma, aquele Viajante era um raio de luz que fazia despertar a esperança e abria os seus ânimos ao desejo da luz plena. «Fica connosco» suplicaram. E Ele aceitou. Pouco depois o rosto de Jesus teria desaparecido, mas o Mestre «permaneceria» sob o véu do «pão partido», à vista do qual se abriram os olhos deles.
O ícone dos discípulos de Emaús presta-se bem para nortear um ano que verá a Igreja particularmente empenhada na vivência do mistério da sagrada Eucaristia. Ao longo do caminho das nossas dúvidas, inquietações e às vezes amargas desilusões, o divino Viajante continua a fazer-se nosso companheiro para nos introduzir, com a interpretação das Escrituras, na compreensão dos mistérios de Deus. Quando o encontro se torna pleno, à luz da Palavra segue-se a luz que brota do «Pão da vida», pelo qual Cristo cumpre de modo supremo a sua promessa de «estar connosco todos os dias até ao fim do mundo» (cf.Mt 28,20).
A «fracção do pão» tal era ao início a designação da Eucaristia sempre esteve no centro da vida da Igreja. Por ela Cristo torna presente, no curso do tempo, o seu mistério de morte e ressurreição. Nela, Cristo em pessoa é recebido como «o pão vivo que desceu do céu» (Jo 6,51) e, com ele, é-nos dado o penhor da vida eterna, em virtude do qual se saboreia antecipadamente o banquete eterno da Jerusalém celeste. Prosseguindo no sulco do ensinamento dos Padres, dos Concílios Ecuménicos e dos meus próprios Predecessores, convidei várias vezes ainda recentemente na encíclica Ecclesia de Eucharistia a Igreja a reflectir sobre a Eucaristia. Por isso não é minha intenção, neste documento, expor de novo a doutrina já apresentada e à qual recomendo voltar para que seja aprofundada e assimilada. Mas considerei que poderia ser de grande ajuda, precisamente para tal fim, um ano inteiramente dedicado a este admirável Sacramento.
João Paulo II, Mane Nobiscum Domine 2004
«Amados jovens, a Igreja precisa de testemunhas autênticas para a nova evangelização: homens e mulheres cuja vida seja transformada pelo encontro com Jesus; homens e mulheres capazes de comunicar esta experiência aos outros. A Igreja precisa de santos. Todos somos chamados à santidade, e só os santos podem renovar a humanidade»
Mensagem para a XX Jornada Mundial da Juventude (Colónia, Agosto 2005) -Castel Gandolfo, 6 Agosto 2004-
Todos sabemos a atenção que o Santo Padre dirigia aos Jovens. Inesquecíveis foram as Jornadas Mondiais da Juventude nas quais os Jovens de todo o mundo estiveram em comunhão com o Santo Padre em oração a Deus.
Nestes dias, a praça S.Pedro quase se transformou numa Jornada da Juventude. Os Jovens chegam de todo o mundo. Cantam, rezam, marcam presença. Vêm de toda a parte para agradecer ao Santo Padre tudo o que dele e através dele receberam de Deus. Não têm a cruz das Jornadas, mas têm o testemunho fiel de alguém que abraçando a cruz, tomou-a como companheira de Jornada até ao último dia. Ninguém como João Paulo II soube falar aos Jovens. Ele apresentou a Santidade como caminho possivel e necessário, libertou os jovens de teorias e ideologias que aprisionam o Espírito, abriu caminhos novos de eternidade onde a luz vence as trevas. Ainda se pode ouvir a sua voz forte: "Não tenhais medo". É este o convite para hoje. Não ter medo do futuro e enfrentá-lo como uma nova oportunidade de cumprir a missão que Deus nos concedeu
As últimas palavras do Santo Padre, na noite de sexta feita 1 de abril, provavelmente eram dirigidas aos Jovens.
"Procurei-vos. Agora vós viestes a mim. Agradeço-vos"
A sua fé transbordava e o seu testemunho era mais elequente que as palavras. O amor que transmitia pelo olhar e a força que nos dava com a sua presença jamais ficarão esquecidas.
Vejo em vós as sentinelas da manhã nesta aurora do terceiro milénio. Vós não vos prestareis a ser instrumento de violência e destruição. Vós defendereis a paz. Vós defendereis a vida em cada momento do seu desenvolvimento terreno, esforçar-vos-eis de tornar esta terra sempre mais habitável para todos.
XV Jornada Mundial da Juventude - Tor Vergata 19 Agosto 2000
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