Só pela Fé vejo o Amor, mas é o Amor que torna possivel a Fé.
Crendo amo! amando Creio!
Nesta noite louvo a Deus pela capacidade que nos deu para dizermos "Eu creio em Ti". Porque nos abriu o coração para O podermos acolher, porque nos deu liberdade para O podermos aceitar. A resposta só nós a podemos dar, na certeza que Ele, mesmo antes de nós respondermos, ama-nos até ao fim. O acto de fé exige sempre um acto de Amor. Penso em todos os mártires que levaram a sua profissão de fé ao extremo do Amor: dar a vida! O amor exige sempre a Fé. Uma fé que é constantemente posta à prova e por isso o amor também vacila. Se alguma vez a fé deixasse de existir, digo com toda a sinceridade, era impossivel amar. Até amanhã!
Amanhã sai em edição italiana o mais recente livro do Papa João Paulo II intitulado Memória e Identidade. A obra está dividida em 5 capítulos mais o epílogo. Neste ultimo, o Santo Padre fala-nos pormenorizadamente do atentado de que foi alvo em 13 de Maio de 1981. Alguém guiou aquela bala diz o Papa.
Os capítulos são os seguintes:
O limite imposto ao mal
Liberdade e responsabilidade
Pensando a Pátria
Pensando a Europa
Democracia: Possibilidade e Riscos
O livro abre com a questão do mal Mysterium iniquitatis: A coexistência do bem e do mal. Apresento aqui as palavras do Santo Padre:
«O Sec. XX foi, por assim dizer, o teatro no qual entraram em cena determinantes processos históricos, e ideológicos, que se moveram na direcção da grande erupção do mal, mas também foi o cenário da sua superação. É justo por isso ver a Europa somente na perspectiva do mal emerso na sua história recente? Não existe por outro lado nesta abordagem uma certa unilateralidade? A história moderna da Europa, marcada especialmente no Ocidente pela influenza do iluminismo, produziu também muitos frutos positivos. Reflecte-se nestes a natureza do mal, assim como o entende S.Tomás na trilha de S.Agostinho. O mal é sempre ausência de um qualquer bem que deveria estar presente num dado ser, é uma privação. Mas nunca é a total ausência de bem. O modo no qual o mal cresce e se desenvolve sobre o são terreno do bem constitui um mistério. Mistério é também aquela parte de bem que o mal não consegue destruir e que se propaga apesar do mal, avançando assim no mesmo terreno [ ] A historia da humanidade é o teatro da coexistência do bem e do mal. Isto quer dizer que, se o mal existe ao lado do bem, o bem persevera ao lado do mal e cresce, por assim dizer, no mesmo terreno, que é a natureza humana. Esta, na verdade, não é destruída, não se torna completamente má, apesar do pecado das origens. A natureza conservou uma sua capacidade de bem, como demonstram os acontecimentos que se sucederam nas várias épocas da história» Giovanni Paolo II, Memoria e Identità, edizione Rizzoli, Città Vaticano 2005, pp.13-14. Tradução do Italiano por Giselo Andrade.
Quem me sabe dizer até onde vai o sonho? Como se descobre a linha que divide o sonho da realidade? Ainda mais, o que é a realidade? Existe verdadeiramente a realidade pura, objectiva? Ou a realidade é um composto de real e sonho. Se perguntar o que é o mundo cada um responde diferente porque cada um pensa em coisas diferentes quando fala do mundo, porque as experiências também são diferente. Bem sabemos que as experiências mudam completamente a nossa maneira de pensar e viver. No fundo cada um vive num mundo diferente precisamente porque embora exista a mesma realidade para todos, o sonho é sempre diferente, é este que marca a identidade de cada um. Apesar disto, é possível a comunhão e a comunicação. Há uma base comum onde pode assentar a possibilidade de embora diferentes vivermos juntos. Essa base é a cultura. Quando alguém nasce não nasce para si mesmo mas nasce para uma cultura onde existe já uma bagagem de experiências que se tornaram comuns. A cultura é a primeira a acolher-nos e a tornar possível a comunhão entre os membros de um mesmo espaço e tempo. No entanto hoje vemos que a cultura passou da comunhão para divisão. Ou seja, hoje vemos que a diversidade de culturas em vez de ser fonte de riqueza é fonte de divisão onde o outro de cultura diferente não tem nada a ver comigo, nem com o meu país. Cuidado! O racismo hoje, não é mais baseado no biológico mas no cultural deixemos esta questão para depois e voltemos ao que começamos. Não existe realidade sem sonho nem sonho sem realidade. Não podemos prender as nossas aspirações e os nossos desejos mais profundos como o desejo de felicidade que embora seja comum a todos, cada um o define de maneira diferente. Viver é sonhar, por favor não pares de sonhar!
Quem pede recebe
quem procura encontra
e ao que bate à porta, abrir-se-à (cf. Mt 7,7)
Tão simples e tão profundo quanto isto! Deus responde sempre à nossa oração. Quando nos dirigimos a Ele em oração Ele escuta-nos e essa escuta é sempre activa, viva. Nunca deixa desamparado aquele que pede ajuda. Quem pede recebe. Agora, a questão é pedir! É preciso ousar pedir, sem vergonha mas com confiança. O pedinte é aquele que se humilha, que estende a mão. Não é auto-suficiente mas vê-se necessitado de Deus, não exige mas espera. Pedir é viver dependente de Deus, é ter sede de Deus. Se alguém tem sede venha a mim (Jo 7, 37). Pedir é confiar em Deus, é saber esperar não o nosso tempo mas o tempo de Deus. É abandonar-se nas mãos de Deus e deixar-se conduzir por Ele.
Cumprida a sua missão na Terra, a irmã Lúcia parte para a morada eterna do Céu, para a companhia da Virgem do Rosário que a 13 de Maio de 1917 lhe apareceu pela primeira vez na Cova da Iria (Fátima), a Lúcia e aos dois bem aventurados Francisco e Jacinta. Deixo aqui o Site do Santúario de Fátima, vale a pena visitá-lo.
Conversão, Penitência e Oração. Assim se pode resumir a mensagem de Fátima anunciada pela Irmã Lúcia. Que nós neste tempo de Quaresma possamos reconhecer o Mestre que está à nossa porta a bater e o possamos acolher.
Aqui ficam alguns dados da Irmã Lúcia que partiu antes de nós para a morada para onde também nós caminhamos. A nossa morada é o céu e não a terra. Não temos aqui morada permanente.
Lúcia de Jesus nasceu em 22 de Março de 1907, em Aljustrel, paróquia de Fátima. Em 17 de Junho de 1921, ingressou no Asilo de Vilar (Porto), dirigido pelas religiosas de Santa Doroteia. Depois foi para Tuy, onde tomou o hábito, com o nome de Maria Lúcia das Dores. Fez a profissão religiosa de votos temporários em 3 de Outubro de 1928 e, em 3 de Outubro de 1934, a de votos perpétuos. No dia 25 de Março de 1948, transferiu-se para Coimbra, onde ingressou no Carmelo de Santa Teresa, tomando o nome de Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado. No dia 31 de Maio de 1949, fez a sua profissão de votos solenes.
Hoje é dia de Nossa Senhora de Lurdes. Em 1858, numa gruta perto de Lurdes, a Virgem Maria apareceu a uma menina de nome Bernadette Soubirous e por seu intermédio chamou os pecadores à conversão e despertou na Igreja um intenso movimento de oração e caridade, sobretudo em benefício dos doentes e dos pobres.
Recebamos o convite da Imaculada Virgem Maria e rezemos neste dia para que os pecadores se deixem amar por Deus. Podemos também neste dia visitar a página online do Santuário de Lurdes.
O testemunho de Santa Maria Bernarda Soubirous nos ajude a elevar a nossa oração com maior fervor:
«Um dia em que fui à margem do Gave apanhar lenha com outras duas meninas, ouvi um rumor. Voltei-me para o lado do prado e reparei que não havia a menor agitação no arvoredo. Então levantei a cabeça e olhei para a gruta. Vi uma Senhora vestida de branco: tinha um vestido branco e uma faixa azul à cintura e uma rosa amarela em cada pé, da cor do rosário que trazia.
Ao ver isto, esfreguei os olhos, julgando que me enganava. Meti a mão na algibeira e encontrei o meu rosário. Quis também fazer o sinal da cruz, mas não consegui levar a mão à testa. Quando porém, aquela Senhora fez o sinal da cruz, tentei fazê-lo também; a mão tremi-me, mas consegui. Comecei então a rezar o rosário: a Senhora ia passando as contas do seu rosário, mas não movia os lábios. Quando acabei o rosário, a visão desvaneceu-se.
Ali voltei no Domingo pela segunda vez, porque me senti interiormente chamada
Só à terceira vez a Senhora me falou. Perguntou-me se queria ir a li durante quinze dias, e eu disse-lhe que sim. Mandou-me dizer aos sacerdotes que fizessem ali uma capela, e depois mandou-me ir beber à fonte. Como não vi nenhuma fonte, fui beber ao Gave. Ela disse-me que não era ali e fez-me sinal com o dedo, indicando-me o lugar onde estava a fonte. Dirigi-me para lá, mas só vi um pouco de água suja; quis encher a mão para beber, mas não consegui nada. Comecei a escavar, e daí a pouco já podia tirar um pouco de água. Deitei-a fora por três vezes, mas à quarta já a pude beber. Em seguida a visão desvaneceu-se e eu fui-me embora.
Durante quinze dias voltei lá, e a Senhora apareceu-me todos os dias, excepto uma segunda-feira e uma sexta-feira. Repetiu-me várias vezes que dissesse aos sacerdotes para fazerem ali uma capela. Mandava-me ir lavar à fonte e dizia-me que rezasse pela conversão dos pecadores. Várias vezes lhe perguntei quem era, mas respondia-me apenas com um leve sorriso. Finalmente erguendo os braços e levantando os olhos ao céu, disse-me que era a Imaculada Conceição».
> Discurso de Bento XVI à O...
> Hino ao Espírito Santo: "...
> Porquê?
> Festa da Visitação da Vir...
> Permanecei firmes na fé: ...
> Bento XVI viagem a Poloni...
> Deus é Amor, permanecei n...
> Apresentação da primeira ...