Algumas citações do discurso do Papa Bento XVI aos membros da assembleia geral da Organização das Nações Unidas (ONU): New York 18 Abril 2008 :
...
Veni Creator Spiritus,
Mentes tuorum visita,
Imple superna gratia,
Quae tu creasti pectora.
Vinde, Espírito Criador,
visitai a alma dos vossos fiéis
enchei de graça celestial
os corações que Vós criastes.
Vós, chamado o Consolador
dom do Deus altíssimo,
fonte viva, fogo, caridade
e unção espiritual.
Vós, com vossos sete dons,
sois força da dextra de Deus,
Vós, o prometido do Pai;
vossa palavra enriquece nossos lábios
Acendei vossa luz em nossas almas,
infundi vosso amor em nossos peitos;
e a fraqueza da nossa carne,
fortalecei-a com redobrada força.
O inimigo, afugentai-o para longe;
dai-nos a paz quanto antes;
abrindo-nos caminho como guia,
venceremos todos os perigos.
Que por Vós conheçamos o Pai,
conheçamos igualmente o Filho,
e
creiamos todo o tempo.
A Deus Pai a glória,
ao Filho que, depois de morto,
ressuscitou
e ao Espírito Santo,
pelos séculos eternos.
Amen.
Para ouvir o hino em gregoriano consultar: http://www.erzabtei.de/antiquariat/Musik/Veni.html
Há perguntas que exigem respostas, outras silêncios. Há momentos em que a única palavra possivél é: "Porquê?" Porquê é que isto aconteceu? Porquê a mim? Porquê aos inocentes? Porquê a guerra? Porquê...? É a expressão daquele que perante a realidade não têm explicação, sente-se ultrapassado por algo que o supera. É a expressão do que sofre, do que chora.
"Onde estava Deus naqueles dias? Porquê é que Ele se calou? Como pôde tolerar este excesso de destruição, este triunfo do mal?" disse Bento XVI no campo de concentração em Auschwitz-Birkenau na passada semana.
Quantas vezes nós já fizemos esta mesma pergunta: "Onde estás, Ó Deus, porque não respondes?" Perante o mal, a morte, a destruição, a guerra, a doença, a fome ... esta pergunta surge come uma revolta, uma angustia.
Nestes dias essa questão deixou-me inquieto. Andava à procura de uma resposta, sem ter qualquer sucesso. Finalmente encontrei-a no silêncio.
No campo de concentração de Auschiwitz vi a resposta silenciosa de Deus na vida de Maximiliano Kolbe e Edith Stein e de tantos outros que testemunharam a sua fé
Nós que andamos à procura da resposta omnipotente de Deus, é-nos concedido o silêncio impotente de Jesus Cristo crucificado numa cruz. É esta a palavra de Deus, o Verbo de Deus para as nossas dúvidas. Em breve vamos celebrar o Pentecostes, que o Espírito Santo nos revele o roste de Deus que não é senão amor.
"Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha, em diracção a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo..." Lc 1, 39
Ao concluir o mês de maio, a Igreja celebra a festa da visitação de Maria à sua prima Isabel. Como diz a Exortação Apostólica "Marialis Cultos" de Paolo VI: "É uma celebração que comemora um evento salvifico, no qual a Virgem foi intimamente associada ao Filho" (nº7)
O Papa Bento XVI não se cansa de proclamar estas palavras: "Deus é amor". Ainda ontem na sua visita ao santuário Czestochowa na Polónia, o Papa convidou os peregrinos presentes a anunciar ao mundo que Deus é amor.
Só há uma maneira de conhecer o amor que é fazer a experiência dele, isto é, amar e ser amado. Descobrindo a verdadeira essência do amor, descobrimos quem é o homem e quem é Deus; porque o homem é criado para o amor e pelo amor. O mesmo é dizer: fomos criados por Deus e para Deus. Deus é Aquele que ama por excelência, como nos foi revelado por Jesus Cristo.
Além de conhecer este Amor, é necessário permanecer nele: "Permanecei no meu Amor" diz Jesus. A permanência no Amor, é um dos maiores desafios de hoje. Sabemos que temos a capacidade de amar e de ser amados, o que muitas vezes nos falta e a capacidade de permanecer nesse amor, com as consequências que isso implica. Na constante mudança em que nos encontramos, falar de permanência é algo estranho. Mesmo assim, só aqueles que permanecem no amor sabem o que é amar, e os que amam permanecem!
Até breve!
«Que é mais fácil dizer: Os teus pecados estão perdoados ou Levanta-te e anda"? Pois bem, para saberdes que o Filho do Homem tem na terra o poder de perdoar os pecados... Eu te ordeno - disse Ele ao paralítico - levanta-te toma a tua enxerga e vai para casa».
Não são só os Escribas e os Fariseus do tempo de Jesus que questionam o poder de Jesus para perdoar os pecados. "Não é só Deus que pode perdoar os pecados?" - diziam entre si. Quantas vezes nós, hoje, ouvimos afirmações como esta: "Eu peço perdão directamente a Deus, não preciso do padre nem da Igreja". Tal como os Escribas e Fariseus, muitos cristãos ainda não perceberam que Deus está no meio deles, e por isso pode perdoar os pecados.
Quantos não esperam de Jesus os milagres e curas do corpo? Mas não é no corpo que se encontra a verdadeira doença, a ferida maior é a do espírito. Na verdade que ferida pode ser maior do que o pecado, do que estar longe de Deus?
A reconciliação é o verdadeiro milagre que acontece diante dos nossos olhos, é a esperança de que aquele que caiu pode ser erguido. Sim, Jesus continua a fazer maravilhas...Estamos no tempo certo para nos encontramos com ele. Nós que nos aproximamos de Jesus devido às nossas fraquezas físicas, recebemos dele o maior bem, a comunhão com Deus. O teu coração despedaçado, paralítico pode correr. Aproxima-te daquele que te pode libertar.
Advento... preparar o nascimento de Jesus, esperar a Sua vinda. É neste tempo que a voz do coração diz: Vem, Jesus, sem demora. Hà muito que espero por ti! Nasce o desejo que Ele entre na nossa vida e na vida do mundo... é um desejo forte, que ninguém pode apagar senão Ele próprio, no momento em que o encontramos. Deixo-vos este poema de Tagore, perdoem-me a tradução/traição.
«Quero-Te, quero somente a Ti:
esta vontade se fixe para sempre no meu coração.
Todos os outros desejos, que o coração persegue noite e dia,
são todos mentira, Ó Senhor; Quero-Te.
Como a noite guarda a oração da luz
assim, entre profundas ilusões, Quero-Te.
Na sua furia, até a tempestade quer paz;
assim, também eu, embora em culpa, Quero-Te».
Tagore
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